Para ONG, zona rural brasileira ainda registra condições precárias de trabalho

31/01/2008 - 21h15

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O relatórioanual de direitos humanos divulgado hoje (31) pela organizaçãonão-governamental (ONG) Human Rights Watch diz que alibertação de aproximadamente 26 mil pessoas queestariam trabalhando em condições análogas àescravidão no Brasil, desde 1995, não foi suficientepara erradicar este tipo de delito. “O uso do trabalho forçadoé ainda um problema sério nas áreas rurais doBrasil, apesar de esforços do governo para expor essasviolações”, afirma o documento.AONG destaca que a Comissão Pastoral da Terra (CPT), grupo da Igreja Católica que defende os direitos dos trabalhadores rurais, alegareceber aproximadamente 300 denúncias de trabalho forçadopor ano, das quais o governo só investigaria a metade.O documento ressalta a não-punição de pessoas que mantém trabalhadores em condições análogasà escravidão. Os relatos indicam a morte de39 pessoas em conflitos rurais no país em 2006. O documento também destaca que missionários deixaram o Mato Grosso depois de receber ameaças de proprietários de terra.  “Grupos indígenas etrabalhadores sem terra enfrentam ameaças, ataques violentos eassassinatos como conseqüência de disputas de terra em áreasrurais”, detalha o relatório.