Remédios “tarja preta” vão ter controle mais eficiente, afirma Anvisa

21/12/2007 - 0h46

Renata Pompeu
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Afiscalização sobre a venda de medicamentos de controleespecial, conhecidos como “tarja preta” vai ficar mais intensa apartir do ano que vem. É que entra em vigor resoluçãoda Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa) determinando novas regras para a venda destes produtos. Osistema deve ficar mais ágil e menos propenso a falsificações.Asfarmácias vão ter que preencher um formuláriodigitalizado a cada venda de um medicamento “tarja preta”. Osdados serão enviados à Anvisa uma vez por semana pormeio eletrônico. O novo sistema vai possibilitar que a agênciafiscalize eventuais fraudes em prescrições de receitas.Pelomodelo antigo, as farmácias apenas apresentam um registro preenchido manualmente de cada venda de remédio especial. De três em trêsmeses, a Vigilância Sanitária municipal recolhe esses papéis, os digitaliza (incluem a informação no computador) e envia à Anvisa. A demora dificultava a detecção de possíveis problemas.“Esseprocesso, por ser altamente burocratizado e manual, faz com que as informações demorem muito tempo para serprocessadas. Então nós não temos o controle ágilde quantos produtos foram adquiridos e quantos foram vendidos noBrasil”, ponderou Dirceu Raposo, diretor-presidente da Anvisa.Raposoexplicou ainda que, além de evitar fraudes, o novo sistemaestá fazendo com que profissionais da saúde prescrevamos medicamentos de controle especial de forma mais cautelosa.“Comisso nós vamos ter, sem dúvida nenhuma, um controlemelhor desse comércio, vamos ter um rastreamento melhor dessesprodutos e também umaprescrição mais racional. Nós estamos vendo queos próprios médicos estão reavaliando os seusprocedimentos”.A Anvisajá estuda uma linha de financiamento decomputadores especialmente para farmácias. As condiçõesvão ser estabelecidas pela Caixa Econômica Federal. Quemainda não tem acesso à internet vai poder continuarutilizando o sistema antigo durante o período de transição,que vai até abril de 2008. Depois disso, os estabelecimentosque não tiverem acesso à internet não vãopoder vender remédios controlados.