Casos novos de câncer de próstata podem chegar a 200 mil por ano, alertam médicos

18/11/2007 - 0h38

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Mil pessoas participaram hoje (19) no Aterro do Flamengo,da 1ª Corridade Combate ao Câncer de Próstata, promovida pela Sociedade Brasileirade Urologia (SBU). Durante o evento, foram arrecadados 1,5 toneladas dealimentos, que serão doados a instituições assistenciais fluminensesque tratam de idosos, grupo que apresenta elevado índice da doença.O presidente da SBU, Sidney Glina,destacou a importância da corrida, ligada à saúde, para alertar apopulação masculina sobre a necessidade de procurar o médico de formaregular após os 45 anos, a fim de evitar essa doença que mata cerca deoito mil homens por ano no país. “É o câncer que mais afeta o homemapós os 50 anos”, afirmou Glina.Segundo ele, homens com histórico familiar de casos de câncer depróstata devem iniciar o tratamento com um urologista a partir dos 40anos de idade. Dados do Instituto Nacional de Câncer(INCA) indicam aocorrência de 40 mil novos casos de câncer de câncer de próstata noBrasil a cada ano.O presidente da SBU analisou que os dados são subestimados, na medidaem que não há estatísticas abrangentes sobre a doença no país. Eleacredita que os números brasileiros podem chegar próximo aos dosEstados Unidos, onde são registrados 200 mil novos casos anualmente.Apopulação masculina, segundo o especialista, deve ter uma preocupaçãoconstante com a sua saúde. Para isso, deve evitar álcool e cigarro epraticar exercícios. “Enfim, ter uma vida saudável e ir ao médicoperiodicamente”.Glina disse que atualmente o preconceito entre os homens em procurar omédico, temendo o toque retal, vem diminuindo no país graças acampanhas de esclarecimento. Ele afiançou que quanto mais cedo forfeita a detecção do câncer de próstata, mais chances os homens têm decura.“Quando dá metástese, a doença vai se estender, principalmente, para osossos”, informou. O tratamento precoce pode estar associado à cirurgiaem alguns casos. Se não for tratada, a doença pode gerar seqüelas, comoimpotência sexual e incontinência urinária, e mesmo levar à morte.Nãohá no Brasil um Estado que apresente maior índice de câncer depróstata. De acordo com o presidente da SBU, a doença tem umadistribuição quase uniforme entre os brasileiros.