Réu confesso do assassinato de Dorothy Stang enfrenta novo julgamento no Pará

22/10/2007 - 0h22

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Começou hoje (22) às 8h30, em Belém (PA) o segundo julgamento doréu confesso do assassinato da missionária norte-americana DorothyStang, Rayfran das Neves Sales. Ele já havia sido julgado emdezembro de 2005, mas, como a pena excedeu 20 anos de prisão, tem direito a um novo júri. Na primeira sentença, o réu foicondenado a cumprir pena de 27 anos de reclusão.O novo julgamento está sendo conduzido pelo juiz Raimundo MoisésAlves Flexa, da 2ª Vara penal da Comarca de Belém. Deacordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça doEstado do Pará, o réu já foi interrogado pelojuiz e agora responde às perguntas da acusaçãoe da defesa.Aprevisão do juiz Moisés Flexa é de que o julgamento dure mais de um dia. DorothyStang foi morta com seis tiros no município de Anapu, a 300 quilômetros dacapital paraense, em 12 de fevereiro de 2005. A missionária trabalhava coma Pastoral da Terra e comandava o programa em uma áreaautorizada pelo Instituto Nacional de Colonização eReforma Agrária (Incra).Atéagora, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista foramcondenados como executores a 27 e 17 anos de reclusão,respectivamente. Amair Feijoli da Cunha foi condenado a 27 anos dereclusão, como intermediário do assassinato, acusado decontratar os pistoleiros.Ofazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, foicondenado a 30 anos de reclusão pela acusação demandar matar a missionária. Regivaldo Pereira Galvão,fazendeiro conhecido como Taradão, também acusado demandante, aguarda julgamento de recursos para definiçãode júri popular.