Movimentos sociais cobram investigação sobre morte de líder homossexual do Acre

18/08/2007 - 19h39

Aline Bravim
Da Agência Brasil
Brasília - A AssociaçãoHomossexual do Acre (AHAC) continua sem saber qual foi o real motivoda morte do líder do movimento acreano Francisco Dantas,coordenador estadual do programa DST/Aids. Ele foi visto pela últimavez na cidade de Rio Branco, no dia 4 de agosto. O corpo foiencontrado quatro dias depois, debaixo de uma ponte.

De acordo com o presidente daassociação, Germano Marino, a única informaçãoque o Departamento de Investigação da Polícia doAcre tem é que Francisco Dantas não foi morto por armade fogo, nem arma branca.

“Estamos fazendo de tudo paraesclarecer o caso, para nos manifestarmos mediante essa violência.Queremos saber se foi um caso de homofobia. Nós, enquantoresponsáveis sociais, temos que cobrar a efetivaçãode políticas para inibir a violência”, afirmou Marino.

O presidente da associaçãocritica a reação da sociedade quando ocorremassassinatos de homossexuais. “As pessoas se calam quando acontecemassassinatos, por preconceito. É muito mais fácilsabermos quem matou uma mulher, um negro, ou um índio, mas nassituações de homicídios homofóbicos, avítima [homossexual] se torna réu”, ressaltaMarino.

Como forma de cobrar açãoda Justiça, ele adiantou que movimentos sociais, incluindo oFórum de ONG's/Aids do Estado do Acre, o Núcleo deDireitos Humanos da Universidade Federal do estado, a SecretariaNacional dos Direitos Humanos e o Programa Nacional de DST/Aids doMinistério da Saúde, promoverão uma caminhadapelo centro de Rio Branco na próxima terça-feira, dia21.