Secretaria de Mulheres diz que estados do Norte e Nordeste são prioritários em 2007

11/08/2007 - 17h17

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em 2007, o combate à violência contra a mulher é prioridade em seis estados do Norte e Nordeste do país: Bahia, Ceará, Pernambuco, Pará, Amazonas e Tocantins. A informação é da ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Nilcéia Freire. Segundo ela, a meta para este ano é diminuir as desigualdades regionais no que diz respeito à oferta de serviços especializados.A idéia é ampliar o atendimento à mulher em situação de violência e disponibilizar psicólogas, assistentes sociais e advogadas em uma rede que contará também com delegacias especializadas, defensorias públicas e casas abrigo, por exemplo.Segundo uma pesquisa realizada pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria - divulgada na terça-feira (7), aniversário de um ano da Lei Maria da Penha - o governo destinou aos municípios da região Norte 10% do orçamento previsto para a área e ao Nordeste, 15,9%. A região Centro-Oeste foi a que mais recebeu dinheiro federal: 30,9% dos recursos. "Nós entendemos que é menor a aplicação dos recursos no Norte e Nordeste”, afirmou Nilcéa.Por isso, acrescentou, a secretaria está se articulando com os governos municipais e estaduais, “dividindo compromissos em uma lógica tripartite”, para estimular a criação e a ampliação dos serviços de atendimento à mulher.Até 2006, a secretaria trabalhava de acordo com a demanda de projetos apresentados."Evidentemente que nos estados onde há pressão dos movimentos sociais e organismos de políticas para as mulheres chegam mais projetos. Nesses casos, as pessoas conhecem os caminhos e se organizam”, explicou a ministra, acrescentando que esse sistema acaba “perpetuando as desigualdades regionais”.Além do Norte e Nordeste, também vão receber atenção especial São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. De acordo com a secretaria, são áreas onde são insuficientes os serviços de atendimento à mulher em relação ao tamanho da população feminina e aos índices de violência geral.