Ministro diz que pedirá levantamento sobre setor aéreo e analisará orçamento

04/08/2007 - 19h05

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, comentou durante a visita ao estado parte das ações que estãosendo realizadas em sua pasta no sentido de conter a crise no espaçoáereo brasileiro. Ele informou que a partir de segunda-feira (6) tratará da exoneração do presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária(Infraero), José Carlos Pereira, que será substituído pelo atualpresidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi.E que solicitará um levantamento da situação aos atuais responséveis: "As vacas magras são difíceis deacabar. A partir da semana que vem, vamos avaliar a perspectiva geralorçamentária, nas linhas da determinação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez aosministros da Fazenda e do Planejamento. Vou pedir um levantamentoorçamentário do que temos hoje e também designar um novo nome para osetor financeiro do ministério".Quanto à questão do aumento das passagens aéreas, o ministro semanifestou contrário e deixou claro que o assunto será discutido após aposse de Gaudenzi no controle da Infraero. "Apesar da alegação de representantes do setor aéreo de que o aumentoseja necessário para a manutenção dos aeroportos, eu não creio que sejaesse o caminho. Nós podemos discutir, inclusive, os insumosaeronáuticos para manter essa linha, mas essa discussão só irei começara partir da substituição da presidência da Infraero", enfatizou, em entrevista coletiva. O tema aviação regional também foi tratado, depois que o ministro demonstrou interesse em incentivar o segmento com apoio às empresas menores. "Temos que estabelecer qual o privilégio que as empresas regionaisirão receber em todo o país. Isso está sendo examinado para discutir quetipo de política pública será preciso desenvolver nesse complexo derevisão da malha aérea brasileira. Em breve vamos começar estudos nessesentido para estabelecer algo consistente, a curto prazo, considerando as diferenças geográficas de deslocamentoexistentes em nossas cidades. O exame deferá ser feito com a colaboração e a competitividade dessas empresas aéreas", disse.