Última revisão do Airbus A320 foi feita em 29 de junho, diz presidente da TAM

18/07/2007 - 21h59

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Por mais de uma vez, durante cerca de uma hora e meia de entrevista coletiva na tarde de hoje (18), o presidente da TAM,  Marco Antonio Bologna, procurou afastar qualquer possibilidade de ter ocorrido qualquer problema técnico que justificasse o acidente com o Airbus A320. "Não há o registro de nenhum problema com essa aeronave", afirmou. E acrescentou que isso pode ser constatado em registros no livro de bordo. Segundo Bologna, a última revisão do avião foi feita no dia 29 de junho. Ele também evitou manifestar sua avaliação sobre prováveis hipóteses, limitando-se sempre a recomendar que se espere o resultado das investigações. "Vamos aguardar as investigações. A TAM disponibilizou todas as informações para que as causas sejam apuradas e para que o resultado saia o mais rápido possível", disse. O Airbus  A320 fazia ontem (17) o vôo  JJ3054,  vindo de Porto Alegre, e explodiu  ao se chocar com o prédio onde funcionava o terminal de cargas TAM Express, em frente ao Aeroporto Internacional de Congonhas. Segundo a empresa aérea, morreram 186 pessoas que estavam no avião. Bologna preferiu não comentar as perdas econômicas para a empresa, com o acidente, e reiterou a prioridade para o atendimento às famílias das vítimas, além de ter garantido que a apólice de seguro permitirá a cobertura para as indenizações, de acordo com o previsto na legislação. "Cada família já começou a ser contatada, para fazermos o pagamento antecipado das despesas mais imediatas", disse. Ele confirmou que o avião levava 162 passageiros, entre os quais uma criança de colo, além de seis tripulantes e outros 18 funcionários da TAM, e calculou em torno de 55 o número de funcionários na TAM Express no horário do acidente. O fato de o acidente ter ocorrido em um dia de pista molhada e de a reforma dessa pista não ter sido concluída não foi visto como um risco pelo presidente da TAM e pelo vice-presidente de Operações, Alberto Fajerman, que observou ser normal o alerta dos controladores de vôo sobre as condições para aterrissagem: "A informação que temos é de que havia menos de 3 milímetros de lâmina de água e, nessas condições, as operações são normais".