Ministério Público Federal denuncia 39 investigados pela Operação Xeque-Mate

19/06/2007 - 22h22

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) denunciou hoje (19) à Justiça Federal 39 pessoas suspeitas de estarem envolvidas com a exploração de máquinas caça-niqueis. Entre os denunciados estão o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dario Morelli Filho, e o ex-deputado estadual pelo Paraná, Nilton Cezar Servo (PSB). O grupo foi investigado pela Operação Xeque-Mate, realizada pela Polícia Federal (PF) no último dia 4. Cabe à Justiça avaliar as denúncias e instaurar os devidos processos.A Polícia Federal havia indiciado 58 pessoas. Quinze ainda não foram denunciadas porque são acusadas de terem praticado contravenções penais e seus inquéritos foram encaminhados para a Justiça Estadual. Nos outros quatro casos, o MPF recomendou mais investigações.Esta é a situação do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Ignácio da Silva, o Vavá. Ele havia sido indiciado pela PF por tráfico de influência e exploração de prestígio, mas para o MPF, não há no inquérito elementos que indiquem a participação de Vavá em qualquer uma das quadrilhas denunciadas.Em nota divulgada no início desta noite, o MPF esclarece que faltam informações sobre os possíveis beneficiários da ação de Vavá no inquérito. Além disso, faltou também a PF esclarecer as circunstâncias e os fatos concretos a que se referiam as conversas telefônicas de Vavá, gravadas com autorização da Justiça.Apesar de não denunciar o irmão do presidente, o MPF não descartou que ele possa ter cometido algum crime no estado de São Paulo. Por esta razão, os promotores encaminharam o inquérito para a Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo (SP), com a recomendação de que a PF realize mais investigações sobre Vavá.Já em relação ao deputado estadual José Ivan de Almeida, o coronel Ivan (PSB), do Mato Grosso do Sul (MS), o MPF só ao fim das investigações verificou que havia elementos de sua participação nos fato. Como o deputado tem foro privilegiado, o MPF encaminhou seu inquérito para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, foro competente para julgá-lo.Devido ao número de denunciados, o MPF optou por protocolar quatro denúncias autônomas na 5ª Vara da Justiça Federal, em Campo Grande (MS). Foram denunciados:

  • pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha e corrupção ativa:

  1. Edson Gonçalves da Silva
  2. Odiney de Jesus Leite
  3. Edmo Medina Marquetti  (também denunciado por corrupção passiva)
  4. Maurício Maria Marques Niveiro
  5. Marmo Marcelino Vieira de Arruda
  6. Ari Silas Portugal
  7. Sérgio Roberto de Carvalho
  8. José Eduardo Abdulahad
  9. Hércules Mandetta Neto
    • pelos crimes de contrabando e formação de quadrilha

  1. Andrey Galileu Cunha  (também denunciado por falsidade ideológica)
  2. Paulo do Carmo Sgrinholi
  3. Antônio Trindade Neto
  4. Ayres Eduardo Servo Rauen
  5. Dario Morelli Filho
  6. Edna de Souza Costa
  7. Elenilton Dutra de Andrade
  8. Genivaldo Alves Cordeiro
  9. Idnel Iziquiel Lopes
  10. João Luiz Frederico
  11. José Lazáro Servo
  12. Luiz Alfredo Ganassim
  13. Maria Dalva Cristina Martins
  14. Nilton César Servo II
  15. Reginaldo da Silva
  16. Renato Costacurta Prata
  17. Victor Emmanuel Servo
  18. Antonio Celso Monteiro Catan
  19. Arlei Silas Portugal
  20. Alfredo Loureiro Cursino
  21. Gandi Jamil Georges
  22. Itacir Fernandes Sebben
  23. Jamil Name Filho
  24. João José Mucciolo
  25. Márcio Socorro Pollet
  26. Micheil Youssef
  27. Raimondo Romano

Andrey Galileu Cunha; Dario Morelli Filho; João Luiz Frederico; Nilton César Servo II e Renato Costacurta Prata também foram denunciados por falsidade ideológica

  • Pelo crime de corrupção passiva

  1. Fernando Augusto Soares Martins

  • Pelo crime de formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica

  1. Nilton César Servo
  2. João Alex Monteiro