Câmara começará a votar amanhã a reforma política

12/06/2007 - 22h54

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara dos Deputados iniciará amanhã (13) a votação da reforma política. O presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), convocou duas sessões extraordinárias para debater o projeto: a primeira, a partir das 9 horas, e a segunda, às 15 horas. Ele destacou que "todos os líderes partidários terão tempo igual de 10 minutos para falar sobre a matéria. Teremos muitas horas de debates e, ao final, vamos votar aquele que é o ponto de maior divergência entre nós (deputados) e, creio, também na sociedade, que diz respeito à lista pré-ordenada de candidatos".Hoje (12), diversos partidos reuniram suas bancadas para discutir o projeto da reforma política e definir posição. O líder do PP, deputado Mário Negromonte (BA), informou que na avaliação da bancada alguns pontos precisam ser amadurecidos, como as listas pré-ordenadas e o financiamento público de campanha, que "a população não aceita". O partido, disse, é favorável à aprovação de pontos como a fidelidade partidária e a cláusula de barreira.O líder do PSDB, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), disse que seu partido apóia o fim das coligações proporcionais e a fidelidade partidária, mas está dividido em relação à aprovação da lista pré-ordenada. "Pretendo, por meio do diálogo, conseguir maioria em torno dos pontos a serem votados, favorável ou contrária à aprovação. Vou encaminhar as votações de acordo com essa maioria, mas não faz sentido fechar questão nessa matéria", acrescentou, e informou que a reunião da bancada será às 9 horas. A bancada do PT também se reunirá com integrantes da Executiva Nacional, a partir das 9 horas, na sede do partido. Segundo o líder, deputado Luiz Sérgio (RJ), o Diretório Nacional já tomou posição em relação a alguns pontos da reformapolítica: "A maioria da bancada está muito afinada com a resolução que o Diretório Nacional, favorável à aprovação do financiamento público de campanhas e da lista pré-ordenada". Luiz Sérgio informou ainda que o PT não vai fechar questão nessa votação. "Isso soa a imposição e esse nunca é o melhor caminho no processo político. O melhor é o diálogo e o convencimento", disse.