Chacina de Unaí completa três anos sem julgamento

28/01/2007 - 9h59

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A “Chacina de Unaí” completa três anos hoje (28). Em memória dos auditores fiscais João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, Nelson José da Silva, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira, manifestantes realizam ato público e culto ecumênico.A manifestação acontece no local do crime, em Unaí, em uma estrada de terra próxima ao Trevo das Sete Placas, e pedirá a agilização do julgamento dos nove acusados de envolvimento na chacina. A equipe da Delegacia Regional do Trabalho foi morta quando investigava denúncias de trabalho escravo na zona rural do município. O caso ganhou repercussão nacional e internacional.Familiares, amigos, auditores fiscais e trabalhadores cobram agilidade no julgamento dos acusados e exigem a punição dos culpados. Já se passaram mais de dois anos desde que a sentença da Justiça Federal, que decidiu levar a júri popular os acusados da chacina. De todos, somente o acusado Antério Mânica, atual prefeito de Unaí, tem direito a foro privilegiado.Atualmente, o processo está no Tribunal Regional Federal da 1º Região e, desde dezembro do ano passado, aguarda decisão do vice-presidente, desembargador Carlos Olavo, sobre a admissibilidade dos recursos e razões apresentados pela defesa dos réus, que desejam recorrer com recursos especiais e extraordinários ao Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, respectivamente.