Itamaraty e CNPq incentivam entrada de negros na diplomacia

16/12/2006 - 0h15

Monique Maia
Da Agência Brasil
Brasília - Aumentar o número de afrodescendentesna carreira diplomática é o objetivo de um programa de bolsasdesenvolvido pelo Instituto Rio Branco e o Conselho Nacional doDesenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Oprograma Ação Afirmativa – Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomaciautiliza um processo seletivo para oferecer bolsas de R$ 2,5 mil por mêsa afrodescendentes. De acordo com o secretário do Instituto Rio Branco,Geraldo Tupynambá, os candidatos selecionados recebem o incentivo porum período de dez meses para custear aulas particulares e cursospreparatórios ao Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata.

“OBrasil tem que representar bem e refletir a sua sociedade lá fora. Enós percebemos que a proporção da participação negra na diplomaciaainda é inferior. Então, é importante incentivar os afrodescendentes aparticipar do concurso e ingressar na carreira diplomática, para quepossamos representar melhor o Brasil perante as outras nações”, disseTupynambá. 

Ainda de acordocom o secretário, os bolsistas precisam apresentar recibos e documentosque comprovem a destinação do dinheiro. Segundo o secretário, ocontrole desses recursos e o monitoramento da prestação de contas sãofeitos pelo CNPq. O programa de seleção, que teve início em2002, é dividido em duas etapas: a primeira é constituída por uma provaobjetiva de conhecimentos gerais e de redação. E a segunda por análisede documentação e entrevista. Além disso, o candidato precisa terconcluído o nível superior ou estar em fase de conclusão no período dainscrição. Desde o início do programa, sete bolsistas já foram aprovados no concurso. A próxima seleção está programada para maio de 2007.