CNBB manifesta apoio a resolução sobre doentes terminais

11/11/2006 - 19h05

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, em sua página na internet, manifestando apoio à resolução  do Conselho Federal de Medicina que permite a interrupção do tratamento médico intensivo em situações terminais do doente, quando não há mais esperança de recuperação da saúde. Nanota, a CNBB lembra que o Papa João Paulo II havia se posicionado sobreo tema, dizendo que a ortotanásia "difere da eutanásia porque é adecisão de renunciar ao chamado excesso terapêutico, ou seja, a certasintervenções médicas já inadequadas à situação real do doente, porquenão proporcionadas aos resultados que se poderiam esperar, ou aindaporque demasiado pesadas para ele e para sua família”.A entidade representante da Igreja Católica acentua que, em taissituações, "quando a morte se anuncia iminente e inevitável, pode-se emconsciência renunciar a tratamentos que dariam somente um prolongamentoprecário e penoso da vida, sem contudo interromper os cuidados normaisdevidos ao doente em casos semelhantes”.De acordo com a CNBB, João Paulo II abordou também manifestação declarada pelo Papa Pio XII, em 1957, segundo o qual “é lícito suprimir a dor por meio de narcóticos, mesmo com a conseqüência de limitação da consciência e abreviação da vida, se não existem outros meios e se, naquelas circunstâncias, isso em nada impede o cumprimento de outros deveres religiosos e morais".