Empresários pedem crescimento urgente no segundo mandato de Lula

30/10/2006 - 0h11

Álvaro Bufarah e José Carlos Mattedi
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo e Brasília - Com a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empresários pedem urgência nas reformas para que o país volte a crescer com rapidez.Tanto o presidente da Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, como o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, Nabil Sagnon, concordam que o crescimento tem que ser uma "meta e, não, uma conseqüência”.Para eles, as reformas tributária, previdenciária, trabalhista e política são necessárias e urgentes, além da eliminação de gastos desnecessários e desperdícios.Segundo os empresários, que se disseram satisfeitos com a vitória da democracia, Lula precisa aproveitar o “voto de confiança” dado pelo povo. “O Lula precisa fazer uma ruptura de um modelo econômico esgotado, que perdurou por 20 anos, e que se justificava quando tínhamos uma inflação de 80% ao mês, mas com 3% ao ano, não se justifica mais. O ciclo agora é outro. Mas confio na sensibilidade do presidente, e ele vai promover as mudanças que o Brasil precisa”, disse Skaf, completando que a Fiesp dará total apoio ao segundo mandato de Lula. Já Nabil Sagnon reconheceu os avanços econômicos obtidos no primeiro mandato do presidente, mas sublinhou que tais avanços precisam ser acompanhados de uma retomada efetiva do crescimento, de cerca de 5% ao ano. “A expectativa é positiva. As instituições estão sólidas e o povo pediu Lula de novo”, assinalou Sagnon antes de criticar a política de juros do Banco Centr. “Que a política do Banco Central saía desse conservadorismo para que a gente possa festejar o crescimento”.