Depois da queda nos primeiros três meses, desembolsos do BNDES podem aumentar no segundo trimestre

20/04/2006 - 17h24

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, disse hoje (20) que a expectativa é de que haja uma aceleração nos desembolsos da instituição ainda no segundo trimestre do ano.

Nos primeiros três meses de 2006, o desempenho do banco ficou aquém do previsto, com desembolsos da ordem R$ 6,77 bilhões, o que significou uma queda de 28% em relação ao mesmo período de 2005.

Segundo ele, o volume de liberação de recursos abaixo do esperado pode ter refletido as políticas operacionais anunciadas a partir de dezembro de 2005, que retardaram a decisão de investimentos por parte das empresas. "Acho que pode ter havido algum impacto disso porque algumas empresas, na expectativa de melhoria de condições, adiaram um pouco as decisões. Mas não sabemos, pode ser também um resultado aleatório", observou.

A queda na demanda do setor agrícola por máquinas e equipamentos e dos valores em reais na área de exportação, por causa da valorização da moeda brasileira frente ao dólar, também explicam, segundo Fiocca, o desempenho fraco dos desembolsos do banco no período.

Ele lembrou, porém, que o foco do BNDES não é o volume de desembolsos. "O nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento da economia, não necessariamente focar no recorde de desembolso próprio", afirmou.