Programa de inclusão bancária da Caixa ofereceu empréstimos de R$ 200 em média, para 830 mil pessoas

18/04/2006 - 7h54

Bianca Paiva
Da Agência Brasil

Brasília – Quatro milhões de contas simplificadas foram abertas, desde maio de 2003, segundo balanço que a Caixa Econômica Federal faz de seu programa de inclusão bancária. Ao todo, foram realizados 836 mil empréstimos, somando um total de cerca de R$ 167 milhões. Os financiamentos, de R$ 200 em média cada, atenderam trabalhadores com renda de até dois salários mínimos.

"Em pouco tempo, a Caixa conseguiu dar acesso a pessoas que realmente não tinham nenhuma forma de entrar no sistema bancário, a não ser pelo programa", afirma Cristina Ribeiro da Cunha, gerente nacional para Contas de Pessoa Física da Caixa. Essas operações aumentam a segurança e a comodidade dessa população de baixa renda, segundo Cristina, ao permitir que faça todas as movimentações bancárias comuns, inclusive, mandar dinheiro para parentes em outros estados.

Cristina explica que para abrir uma conta simples basta apresentar o Cadastro de Pessoa Física, a identidade e comprovante de residência. Não é necessário comprovar renda. Ela informou que a maioria dos clientes das contas simplificadas é de homens entre 16 e 35 anos, concentrados nas regiões nordeste e sudeste.

No caso de concessão de crédito, de acordo com a gerente, existem algumas restrições. "É necessário que o cliente não tenha nenhuma restrição cadastral e ele também tem que passar por uma avaliação de crédito na Caixa. A partir do momento que estiver tudo certo, ele tem acesso a uma operação de crédito", disse Cristina.

A gerente informou que a Caixa está reformulando esse tipo de operação. Até o momento, os clientes podem fazer empréstimos de R$ 200, em média, com 120 dias para pagar juros mensais de 2%. "Ele está sendo remodelado, mas, enquanto isso, esse mesmo público continua tendo acesso a outras duas modalidades: o cartão de crédito e o micropenhor, duas opções com taxas diferenciadas", contou.

Outro tipo de operação é o micropenhor, que tem um público de 2,7 milhões pessoas, segundo a Caixa. Mais de R$ 700 milhões já foram destinados a esse tipo de operação. Segundo Cristina Ribeiro da Cunha, são concedidos créditos de até R$ 600 na penhora. "É uma operação de penhor normal, na qual penhoram-se jóias e é concedido um crédito. Depois que o empréstimo é pago, as jóias são devolvidas", explicou a gerente.

DFM