Plantadores de florestas dizem que burocracia atrapalha o setor

18/04/2006 - 12h52

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Apesar de o país ocupar a sétima posição no ranking dos plantadores de florestas e do setor ser responsável pelo terceiro maior produto na cadeia de exportações do agronegócio brasileiro (só perdeu em 2005 para a carne e a soja), os produtores ainda reclamam da burocracia que existe no setor.

"A questão da legislação ambiental ainda é complicada, porque tem a lei federal, a estadual e a municipal. Isso precisa ser arrumado, desburocratizado e facilitado, principalmente para o pequeno e médio produtores", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), Carlos Aguiar.

Ele ressaltou que o problema das invasões de terra em áreas produtivas também prejudica o setor. "Isso gera uma certa insegurança, algumas incertezas e pode afugentar algum tipo de investimento", disse. Segundo ele, é preciso que o País se iguale a outros plantadores de florestas.

"A gente precisa se igualar aos nossos concorrentes até da América Latina. O próprio Chile tem um custo de capital muito menor que o do Brasil. É preciso que isso também baixe para que a gente tenha o nosso nível de competitividade equalizado com esses países que são os principais produtores", destacou.

Para discutir a questão, especialistas participam até amanhã (19) do Madeira 2006, o 3º Congresso Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável para a Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia, em Brasília. Aspectos como a questão da energia renovável, da indústria de celulose e papel, da preservação do meio ambiente e da sustentabilidade do setor também serão debatidos.