Caixa faz plano para aumentar inclusão bancária das famílias de baixa renda

18/04/2006 - 7h54

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Caixa Econômica Federal pretende chegar, ainda neste ano, a todas as 11,2 milhões de famílias do país que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera que devem ser atendidas pelo programa Bolsa-Família. Para isso, a Caixa deve lançar um projeto-piloto de esforço adicional de inclusão bancária, também chamada de "bancarização".

Adicional porque, a rigor, a Caixa já atua nesse segmento desde maio de 2003, com as contas simplificadas Caixa Fácil e o atendimento de 9 mil casas lotéricas e 3.554 correspondentes bancários em todo o país, além dos 1.070 pontos de atendimento eletrônico que facilitam o acesso aos serviços e abertura de crédito às populações de baixa renda. A caixa tem, atualmente, 14.507 pontos de atendimento, e tem por meta chegar a 20.767 pontos até o final do ano.

Esse esforço de inclusão bancária (bancarização) conta também com a atuação do Banco Postal, que é uma parceria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) com o Bradesco. Em apenas dois anos de atuação, por exemplo, o BPB já realizou quase 2 milhões de operações de microcréditos, no total de R$ 200 milhões, e conta com 1,560 milhão de clientes em 1.184 municípios, de acordo com informação da assessoria de imprensa do banco.

Enquanto isso, ECT e Bradesco lançaram mão, em 2002, da experiência de sucesso do banco postal em 36 países, com atuações mais tradicionais no Japão e na Holanda. Nesses quatro anos de atuação, o Banco Postal estendeu sua rede de atendimento a 5.460 postos instalados nas agências dos correios em todo o país. A maioria deles nas pequenas cidades do interior, levando serviços bancários às populações carentes e a trabalhadores do setor informal. Na verdade, ao colocar sua rede de agências a serviço do maior banco privado o país, os Correios operam como correspondente bancário, com cobertura nacional.

DFM