Para coordenadora do Pró-Jovem, protestos em Salvador nasceram de boato

11/04/2006 - 20h35

Valéria Amaral
Da Agência Brasil

Brasília – Os protestos de ontem (10) que estudantes do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Pró-Jovem) de Salvador fizeram no bairro de Cajazeiras, em Salvador (BA), nasceram a partir de um boato, segundo a coordenadora nacional do Pró-Jovem, Maria José Ferres.

Os estudantes queimaram pneus e pararam o trânsito na estrada que liga a BR-324 ao aeroporto alegando que a bolsa de R$ 100, prometida pelo governo federal para quem cumprissem as exigências do programa, não seria liberada. De acordo com a coordenadora do programa na capital baiana, Relma Salles, não há atraso no pagamento e os estudantes já foram informados. "Não há e nunca houve atraso em nenhum lugar do país. O que de fato aconteceu em Salvador foi um boato infundado de que o pagamento havia saído", afirmou.

Segundo ela, "os estudantes que iniciaram as aulas no dia 30 de janeiro já tinham conhecimento de que a bolsa auxílio só sairia do dia 10 a 20 abril. Isso tudo foi um processo de abertura de conta. Foram 7.200 contas para serem abertas. Então, isso não é um processo imediato".

Para ter direito a bolsa-auxílio, os estudantes do programa devem freqüentar no mínimo 75% das aulas e cumprir com pelo menos 75% dos trabalhos escolares. O Pró-Jovem é um programa voltado para os jovens de 18 a 24 anos que não terminaram o ensino fundamental. Durante 12 meses, além do incentivo mensal no valor de R$ 100, os estudantes têm aulas das disciplinas do Ensino Fundamental, língua inglesa e informática básica. Além disso, recebem qualificação profissional.

Até agora, 83 mil jovens do país já se inscreveram. As inscrições podem ser feitas todos os dias, das 7 às 23 horas, pelo telefone 0800 642 7777. O prazo final para participar é até seis de maio. Em 2005, o governo federal destinou R$ 274 milhões. Para este ano estão previstos 364 milhões.