Bachelet reitera apoio ao Brasil como membro do Conselho de Segurança da ONU

11/04/2006 - 17h55

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidente chilena, Michelle Bachelet, reiterou hoje (11) o apoio do Chile à aspiração brasileira de uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e destacou a importância da renovação da aliança entre países com tantas semelhanças.

"Brasil e Chile têm uma identidade latino-americana comum e também partilhamos valores fundamentais. Me refiro à nossa vocação democrática e libertária, ao nosso compromisso irrenunciável com os direitos humanos e a nossa firme vontade de combater a pobreza, a exclusão e a desigualdade social", disse, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em vários momentos, Bachelet enfatizou as iniciativas de integração física e energética regional, impulsionadas pela criação da Comunidade Sul Americana de Nações (Casa). "A comunidade se propôs metas ambiciosas, históricas, mas realizáveis. Por exemplo, acordamos buscar a convergência dos acordos comerciais e fazer a integração energética regional", observou.

Ela também mencionou a articulação entre o Brasil e o Chile nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), no âmbito do G-20 (grupo de países em desenvolvimento, liderado pelo Brasil e pela Índia, que busca a abertura no mercado agrícola internacional).

Por fim, Bachelet voltou a destacar as semelhanças entre as duas nações."Brasil e Chile são, cada um a sua maneira, países globias e regionais. O Brasil, por seu tamanho e pela visão de seus dirigentes. O Chile é um país pequeno, mas com uma economia altamente globalizada", observou. "Somos nações profundamente latino-americanistas, com desejos e desafios comuns, como a pobreza e o desenvolvimento. Ao mesmo tempo, bem encaminhados pela via democrática e compartilhando uma preocupação comum com a estabilidade regional, condição indispensável para o processo de integração", acrescentou.

Ainda nesta tarde, a presidente do Chile participa de sessão solene no Congresso Nacional. A visita de Estado termina no Supremo Tribunal Federal (STF).