Obras de recuperação da BR-319 acontecem desde julho de 2005

07/04/2006 - 20h30

Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil

Manaus – Ao contrário do Pará, onde os debates sobre o plano de desenvolvimento regional antecederam a pavimentação da Rodovia Cuiabá – Santarém (BR-163) e cujas obras sequer começaram, no Amazonas a Rodovia Manaus – Porto Velho (BR-319) está sendo recuperada desde julho de 2005.

Entre agosto e novembro, os trabalhos foram suspensos por determinação da Justiça, já que o empreendimento está sendo realizado sem licenciamento ambiental. No entendimento do Ministério dos Transportes, o estudo de impacto ambiental não é necessário, porque se trata de uma rodovia antiga (construída na década de 70). Mas o Ministério do Meio Ambiente argumenta que a pavimentação terá o impacto de uma estrada nova, porque mais da metade da rodovia está praticamente fechada.

Segundo dados do Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes (Dnit), 660 dos 878 quilômetros da BR-319 estão intransitáveis. O projeto de recuperação prevê o asfaltamento de 238 quilômetros até o fim do ano. Em fevereiro, porém, apenas 20 quilômetros tinham sido recuperados – e as obras seguem a passos lentos, devido ao período de chuvas.

"Com a limitação administrativa, a BR-319 saiu da agenda. Antes toda a imprensa local se mobilizava a favor dela, agora pouca gente fala do assunto. Isso nos dá mais tempo para trabalhar", avaliou a secretária-adjunta de projetos especiais da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável (SDS) do Amazonas, Rita Mesquita.