Funcionários da Varig querem viabilizar recursos de poupança para empresa

07/04/2006 - 20h45

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - A notícia da demissão de Odilon Junqueira, presidente do fundo de previdência dos funcionários do setor aéreo (Aerus), criado pela Varig e pela Transbrasil, foi analisada como "positiva" pelo presidente da empresa Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Márcio Marsillac.

Segundo ele, a saída de Junqueira pode facilitar a aplicação da tese defendida pela categoria, de permitir que os trabalhadores da ativa da Varig usem suas poupanças previdenciárias para "viabilizar recursos de curtíssimo prazo para a empresa, o que é necessário para equilibrar o caixa, botar as aeronaves operando de novo e recuperar a receita que a Varig está perdendo", disse ele, que anteriormente era contrário a essa medida.

A TGV espera que o novo presidente do fundo discuta a alternativa com os trabalhadores, que a consideram a mais viável. Marsillac afirmou que a empresa apóia de forma integral o plano de reestruturação da Varig, que foi aprovado pelos credores, por unanimidade, em dezembro do ano passado.

A TGV faz restrições em relação ao detalhamento do plano, que teria modificado alguns pontos do original. Questiona, também, questões, como a escolha do gestor do Fundo de Investimento e Participação Controle (Fip Controle) não ser feita em consenso entre as classes de credores. Segundo Marsillac, a legislação prevê que a aprovação tem de ser feita pelas classes por entender que cada uma tem sua peculiaridade e sua importância na recuperação da empresa.