Patrícia Landim
Da Agência Brasil

Brasília – Terminou hoje (7), a 18ª Assembléia Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ocorrida no Instituto São Francisco de Assis, em Goiânia (GO). Participaram do evento cerca de 70 pessoas, entre trabalhadores rurais e agentes regionais da entidade.

O objetivo do encontro foi a eleição da nova coordenação da CPT nacional e o debate das ações a serem implementadas este ano até a próxima assembléia, em 2007, no que diz respeito, dentre outras, ao fortalecimento das iniciativas agroecológicas e à defesa da educação no campo.

O ex-presidente da CPT, Dom Tomás Balduíno, apontou os principais temas discutidos no evento: o agronegócio em contraposição a projetos de camponeses; o relacionamento dos trabalhadores e da CPT com o governo e autoridades; o diálogo da entidade com organizações de trabalhadores; e o relacionamento com a igreja. "Ou seja, como está o nosso trabalho interno de formação, de unidade e de comunhão", disse.

Dom Xavier, do Maranhão, assumiu a presidência da CPT, tendo como seu vice Dom José Mauro, de Minas Gerais. Seis coordenadores também foram eleitos para completar a comissão, que terá Dom Tomás como um de seus conselheiros.

Segundo ele, os trabalhadores rurais não participam da direção e da coordenação da CPT, somente da assembléia e do congresso, realizados a cada ano e a cada três anos, respectivamente.

O representante da Liderança de Base dos Trabalhadores Rurais da Paraíba, Antônio Cleides, disse que os agricultores têm a "missão" tanto de participar da assembléia e ter poder de decisão quanto expôr aos agentes da pastoral a realidade enfrentada por eles. Os problemas, segundo ele, dependem de cada região - na Paraíba, por exemplo, uma das questões é a seca.

"O trabalho da CPT é bastante importante porque consegue ir onde muitos não vão. Ela tem o papel de ajudar as pessoas a entender a conjuntura agrícola, de apoiar na luta e na busca dos direitos", observou.