Valtemir Rodrigues
Da Voz do Brasil

Brasília - O Sistema Único de Saúde (SUS) estuda a criação de centros adaptados para prestar atendimento ao idoso. O Ministério da Saúde discute estratégias para adequar os centros de saúde às necessidades dos idosos e facilitar o acesso deles a esses locais.

A idéia é melhorar a iluminação, adaptar os corrimãos, melhorar a indicação dos degraus e instalar portas para facilitar o trânsito de cadeiras de rodas. A previsão é seguir o modelo do Programa Centro de Saúde Amigo do Idoso já desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em vários paises.

De acordo com o coordenador da área técnica de saúde do idoso do Ministério da Saúde, José Luiz Telles, a idéia é incorporar ferramentas para qualificar a atenção básica em saúde. Ele acrescentou que, além das adaptações, os profissionais que prestam serviços nos postos de saúde receberão orientação para prestar um atendimento mais humanizado.

"Se nós melhorarmos a qualidade da assistência a pessoa idosa, por tabela estaremos melhorando a qualidade da assistência a todas as idades".

O chefe do programa de saúde dos idosos da Organização Mundial de Saúde, Alexandre Calache, disse que o programa existe há três anos e já funciona em países como Jamaica, Cingapura e Filipinas. Ele explicou que a idéia central da protejo é dar a assistência necessária para que a população idosa tenha mais facilidade de atendimento nos centros de saúde.

"O ponto de partida desse projeto é que você tem a imensa maioria dos idosos vivendo na comunidade, em suas casas, com suas famílias, às vezes sós. E é exatamente essas pessoas que precisam ter assistência de saúde que possa resolver os seus problemas. Isso significa ter centros de saúde que estejam mais voltados a e mais sensibilizados para os problemas de saúde dessa população", explicou Calache.

A previsão do Ministério da Saúde é iniciar neste ano o projeto pelas cidades de Brasília e Rio de Janeiro, onde há a maior população idosa do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 8% da população brasileira tem 60 anos ou mais.