Governo investe em educação para garantir desenvolvimento nacional, diz Lula

05/04/2006 - 17h20

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (5) que o governo tem investido na educação como forma de garantir o desenvolvimento nacional. "Essa é a revolução, que não é a revolução apenas da produção, é a revolução do conhecimento, porque esse é o grande valor agregado que nós temos que exportar para o futuro", disse o presidente, ao visitar a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia.

Lula destacou que o projeto de reforma universitária a ser enviado para o Congresso Nacional foi definido ontem (4), durante reunião no Palácio do Planalto. Ele citou também ações já adotadas para melhorar a qualidade da educação no país, como a criação de quatro universidades federais e de 45 extensões universitárias no interior do país. "Nós estamos apostando de forma muito forte na educação brasileira", disse.

Segundo o presidente, o afastamento do governo federal da responsabilidade sobre o ensino médio, em anos anteriores, foi uma decisão "quase criminosa", que provocou uma paralisia nos cursos de formação técnica no Brasil. O presidente lembrou que, para este ano, está prevista a inauguração de 32 escolas técnicas federais.

Lula ressaltou que a meta de aumento do número de profissionais com doutorado, que era de 10 mil, já foi superada. Atualmente, já são 10,5 mil doutores. "Queremos criar uma marca, de que o Brasil nunca mais possa retroceder, na formação de doutores, porque é isso que vai ser o charme do Brasil daqui para frente", afirmou. "Queremos ser reconhecidos pela nossa inteligência, pela nossa capacidade de produzir, pela nossa capacidade de criar".

O Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsa de estudos a estudantes de baixa renda em universidades privadas, foi outro projeto apontado como um avanço e, de acordo com o presidente, ainda será considerado uma revolução na educação brasileira. "Isso vai permitir vislumbrar que, daqui a alguns anos, a gente não vai ter medo de disputar com a China, a gente não vai ter medo de disputar com a Índia, a gente não vai ter medo de disputar qualidade com os nossos parceiros europeus, ou mesmo com os Estados Unidos", afirmou.