São Gonçalo e Nilópolis devem aderir à paralisação de professores e funcionários da educação no Rio

04/04/2006 - 17h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – A paralisação iniciada no último dia 16 e que envolve cerca de 85 mil professores e funcionários da rede de educação em todo o estado do Rio de Janeiro deve ganhar amanhã (5) a adesão das redes municipais de ensino de São Gonçalo e Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Em entrevista hoje à Agência Brasil, o coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Marco Túlio Paolino, afirmou que greve atinge um milhão de estudantes. E que ainda não há consenso sobre a reposição das aulas e nem sobre a duração do movimento. "Não gostaríamos que se estendesse por meses, como aconteceu na greve do Colégio Pedro II", ressaltou. No ano passado, a paralisação no Colégio Pedro II, da esfera federal, durou três meses.

Segundo Paolino, a categoria deve fazer uma assembléia na sexta-feira (7), quando também será realizada a Conferência da Educação, que pretende unir outras redes de ensino ao movimento.

A principal reivindicação apresentada pelo sindicato ao governo fluminense é o piso salarial de cinco mínimos para professores e de 3,5 salários para funcionários do setor. Outros pleitos envolvem a realização de concurso público, a convocação de profissionais já concursados, eleições para diretor e o descongelamento do plano de carreira que, de acordo com Paolino, não é discutido há mais de quatro anos.

O sindicalista disse ainda que o secretário estadual de Educação, Arnaldo Niskier, empossado hoje (4), chamou os professores e funcionários para uma conversa. De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, ainda não há um pronunciamento oficial do secretário sobre o assunto.