Lula cita balança comercial e geração de emprego como exemplos de "boas notícias"

04/04/2006 - 15h37

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (4) que ele deve dar as boas notícias que não são mostradas pela imprensa. "Cabe ao presidente da República de vez em quando dar as boas notícias, que nem sempre a gente vê nas bancas de jornais, que nem sempre a gente ouve ou vê". Para isso, Lula citou, em discurso na abertura da Semana Internacional da Construção e da Iluminação, em São Paulo, os resultados da balança comercial e da geração de emprego no país.

"De vez em quando a gente lê muita notícia ruim", disse. "É como se a gente levantasse de manhã e perguntasse para um corintiano as virtudes do Palmeiras. Nenhuma". Entre os dados positivos sobre a atuação do governo, o presidente destacou o resultado da balança comercial. A notícia foi dada ao presidente pelo ministro ao ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan ontem (3) durante um telefonema. "O Furlan é dos ministros que só me ligam para dar notícia boa". Em março, as exportações atingiram US$ 11,346 bilhões e as importações, que chegaram a US$ 6,736 bilhões, tiveram resultado comparável a agosto do ano passado.

O presidente destacou também que o Plano Plurianual (PPA) previa que o fluxo comercial acumulado até 2007 seria de US$ 215 bilhões. Já no início deste ano, o Brasil registra um total de cerca de US$ 200 bilhões entre importações e exportações. "Significa que com um ano de antecedência certamente nós iremos cumprir o PPA que estava previsto para o ano de 2007", comemorou Lula.

A ampliação do emprego, que abriu 176 mil postos em fevereiro, também foi citado por Lula. "Tivemos o melhor fevereiro desde 1992", ressaltou. No setor de construção civil, o presidente destacou o investimento na ampliação da rede de linhas de transmissão de energia elétrica, que receberá em cinco anos o equivalente a 22% de tudo o que já foi aplicado nos últimos 122 anos.

"Apenas começou o processo de desobstrução ao desenvolvimento da construção civil", assegurou. Também foram lembradas medidas como desoneração de materiais básicos de construção e isenção do imposto de renda sobre a venda de imóveis residenciais, desde que o dinheiro seja usado em 180 dias para a compra de um novo imóvel.