Ministro defende perdão de dívidas de países mais pobres com BID

03/04/2006 - 14h36

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Belo Horizonte (MG) – Em discurso na abertura da 47ª Reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu o perdão, por parte do banco, das dívidas de países mais pobres.

"A eqüidade precisa ser o pilar básico do desenvolvimento da região. O BID deve atender às necessidades dos países", disse o ministro, representante do governo brasileiro na instituição.

Para ele, o perdão das dívidas facilitaria o cumprimento das metas do milênio até 2015. Estabelecidas pelas Nações Unidas (ONU), essas metas prevêem ações como redução da mortalidade infantil e combate à fome.

Paulo Bernardo reconhece que cada país tem a sua responsabilidade para melhorar a situação da América Latina e do Caribe. E, segundo ele, o governo brasileiro estaria fazendo isso por meio do controle da inflação e de projetos como o Programa Universidade para Todos (ProUni).

O presidente do BID, Luís Alberto Moreno, também discursou na abertura da reunião. Moreno fez um diagnóstico do desenvolvimento da América Latinha e do Caribe. Estudos revelam que os países da região cresceram quase 5% nos últimos três anos. No entanto, 213 milhões de pessoas ainda vivem com menos de US$ 2 por dia.