Lula pede que novos ministros concluam projetos e diz que não dá mais para inventar

03/04/2006 - 20h22

Ana Paula Marra
Repórter da Agência BrasilM

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos nove ministros que tomaram posse hoje (3) à tarde que dêem continuidade aos trabalhos que estão em andamento em suas pastas. Não há mais tempo para inventar: o mais importante agora é trabalhar no sentido de concluir os projetos, afirmou o presidente, na cerimônia de posse, no Palácio do Planalto.

"Não temos que inventar mais nenhuma vírgula. A máquina está andando. O que nós precisamos agora é colocar mais lenha na caldeira para ela andar mais rápido e a gente conseguir concluir os projetos que já estão em andamento", disse Lula.

Ele pediu aos novos ministros que trabalhem "duro" nos próximos oito meses para que o país possa crescer e o povo brasileiro perceber resultados. "Precisamos trabalhar mais, fazer mais e melhor, pois sabemos o que nos espera. A disputa neste país não é fácil. Daqui para a frente, temos que ter pé no chão, humildade e muita coragem de brigar", acrescentou.

Aos ministros que saíram, o presidente destacou a importância do trabalho de cada um à frente de sua pasta. Na Defesa, por exemplo, que teve à frente o vice-presidente José Alencar, Lula ressaltou o empenho do ex-ministro no reaparelhamento das Forças Armadas.

O presidente também destacou o empenho do ex-ministro das Relações Institucionais Jaques Wagner, no sentido de consolidar as relações políticas. Para ele, Jaques desenvolveu "bem" o papel. "Agora, espero que o meu novo ministro, Tarso Genro, faça mais e melhor do que você", disse a Wagner, que pretende disputar as eleições de outubro na Bahia.

Lula mencionou também o "bom trabalho" de Agnelo Queiroz na pasta do Esporte, especialmente no que se refere aos Jogos Pan-Americanos, que serão realizados em 2007 no Rio. A Ciro Gomes, que deixou o Ministério da Integração Nacional, Lula disse que cumpriu bem as funções a ele delegadas. "Dei a ele dois projetos especiais: construir a engenharia financeira para fazer a ferrovia Transnordestina e elaborar o projeto de revitalização do Rio São Francisco. E as duas coisas estão prontas", ressaltou.

O trabalho do ex-ministro Miguel Rossetto no Desenvolvimento Agrário também foi lembrado pelo presidente, que observou: "Esta área não é fácil, por ser uma área conflituosa, mas os números mostram que fizemos muito". A Alfredo Nascimento, que deixou a pasta dos Transportes, Lula disse que há muito tempo não se fazia na área o que vem sendo feito nessa gestão. "Nunca se atacou tanto o problema das rodovias com a magnitude que se atacou neste ano", ressaltou, referindo-se Operação Tapa-Buraco.

Saraiva Felipe, que deixou o Ministério da Saúde, foi lembrado de forma especial pelo presidente, que ressaltou o fato de ele ter dado seqüência a bons projetos, como a Farmácia Popular, apesar do pouco tempo em que comandou a área. Os trabalhos realizados na Secretaria de Aqüicultura e Pesca, que teve José Fritch à frente, e na Controladoria Geral da União, que teve como ministro Waldir Pires, também receberam elogios do presidente Lula.