Controle de rebanhos via satélite deve estar pronto até maio, diz secretário de Defesa Agropecuária

03/04/2006 - 18h57

Olga Bardawil
Repórter da Agência Brasil

Fortaleza - O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gabriel Alves Maciel, disse hoje (3) que o governo espera concluir até o final do mês a implementação do sistema de controle dos rebanhos nas fronteiras com a Argentina, Paraguai e Bolívia para reforçar as ações contra a febre aftosa nessas regiões.

O projeto, que começou a ser implementado em janeiro em parceria com a Embrapa, faz o monitoramento via satélite para controlar o movimento em uma faixa de 25 quilômetros do lado brasileiro e de 25 quilômetros dos países vizinhos. O sistema deve ter um custo final de R$ 5,5 milhões, bancados pelo Brasil. O país também está investindo cerca de R$1,2 milhão na compra de dois milhões de doses para fornecer à Bolívia, o que equivale à metade do rebanho daquele país.

Maciel lembrou que, até o início de outubro do ano passado, quando Mato Grosso do Sul registrou 53 focos de aftosa, o Brasil tinha 16 estados livres da doença. "Queremos resgatar a área livre de aftosa, que alcançava 54% do território brasileiro antes dos problemas, com 180 milhões de cabeças", disse. Atualmente, só os estados do Acre, Rondônia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são reconhecidos como áreas livres de aftosa pela Organização Internacional de Saúde Animal.

No ano passado, a Secretaria de Defesa Agropecuária contou com recursos de R$ 126 milhões para ações, além de R$ 33 milhões destinados a Mato Grosso do Sul e R$ 16 milhões ao Paraná, montante liberado em caráter emergencial por Medida Provisória para combater os focos da doença que surgiram nos dois estados. Para este ano, o Orçamento Geral da União prevê cerca de R$ 130 milhões para a defesa agropecuária, adiantou Maciel.