Petros e Geap contestam, em notas, relatório da CPI dos Correios

30/03/2006 - 22h20

Adriana Franzin
Da Agência Brasil

Brasília - A Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) divulgou nota em que contesta o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, apresentado ontem (29). De acordo com a nota, "durante nove meses, a Petros e outros fundos de pensão sofreram a maior devassa na história do sistema de previdência complementar fechada".

E "depois de municiar a imprensa com denúncias recheadas de números e ilações fantasiosos", o relatório "não dá respaldo ao que jogou aos quatro ventos".

A Petros afirma que os contratos com a Globalprev foram feitos "de forma estritamente legal" e que José Valdir Gomes nunca foi sócio da Globalprev. Declara também que está afastada da participação na Telemar e não tem "nenhuma influência em seus negócios".

Sobre as denúncias relativas a aplicações nos bancos BMG e Rural, a nota informa que elas "não se sustentaram" e que o Fundo ASMF CVS não deu prejuízos para a empresa. E salienta que o acordo entre os fundos de pensão e o Citigroup foi divulgado pelas fundações e assinado "para proteger os investimentos e assegurar o direito dos participantes destas entidades".

Também a Geap-Fundação de Seguridade Social criticou, em nota divulgada hoje (30), a metodologia utilizada no relatório da CPMI dos Correios: "A sub-relatoria elegeu como critério a análise de toda a cadeia negocial das operações realizadas pelos Fundos de Pensão, informação inacessível aos investidores, possível somente após quebra de sigilo das operações". Segundo a nota, a Geap utiliza os parâmetros Andima e Banco Central.

A nota afirma ainda que o relatório se contradiz ao apontar operações com "perdas" e confirmar, no entanto, que a Fundação teve um aumento progressivo de patrimônio entre os anos de 2000 e 2005.