Economia com complexo petroquímico no Rio será de US$ 2 bilhões anuais, diz presidente da Petrobras

29/03/2006 - 0h35

Rio, 28/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - Quando o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro estiver em pleno funcionamento deverá propiciar ao Brasil uma economia de US$ 2 bilhões anuais em divisas. A estimativa foi feita hoje (28) pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, ao anunciar o empreendimento que exigirá investimentos de US$ 6,5 bilhões e irá gerar, em suas duas fases de construção, mais de 400 mil empregos.

"O pais reduzirá a exportação de petróleo pesado, que será substituída por produtos petroquímicos de maior valor agregado. E também reduzirá a sua importação de nafta, a matéria-prima atualmente utilizada na nossa industria petroquímica", afirmou Gabrielli.

A estimativa dele é de que a produção brasileira de petróleo chegue a 2,3 milhões de barris por dia em 2010: "O projeto tem um papel estratégico fundamental na futura expansão da Petrobras. Ele aumenta a capacidade de produzir e agregar valor na indústria fluminense. Nós vamos produzir petróleo em abundância. Estaremos produzindo algo em torno de 3,4 milhões de barris por dia de óleo e gás, no Brasil e no exterior. Isto nos dará condições de colocar no mercado internacional cerca de 550 mil barris dia em 2010".

Gabrielli lembrou que a Petrobras estará levando o país à auto-suficiência na produção de petróleo, o que deverá acontecer no próximo mês. "A situação estratégica em que estamos inseridos hoje em dia é diferente de alguns anos atrás. Nossa produção será suficiente para atender às necessidades da capacidade de refino do pais", afirmou.

O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro se destina a atender, principalmente, ao mercado interno, com petroquímicos utilizados na produção de plásticos, geladeiras, computadores, veículos e até navios. Ele será instalado em uma área de 20 milhões de metros quadrados, distribuídos pelos municípios de Itaboraí e São Gonçalo, às margens da Rodovia Niterói-Manilha.