Presidente da CUT diz que acordo sobre mínimo evitaria levar debate para o Congresso

19/01/2006 - 13h01

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Central Única dos Trabalhadores, João Felício, disse que o governo deveria rever sua proposta para o reajuste e pagamento do salário-mínimo. "Seria muito positivo realizarmos um acordo com o governo e evitar que esse debate vá para dentro do Congresso Nacional". Ele também defendeu o avanço das negociações.

Os sindicalistas querem um reajuste do salário mínimo para R$ 360 em maio ou R$ 350 a partir de março e a mudança da data base para janeiro, a partir do próximo ano. Eles também reivindicam correção de 10% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física.

A proposta do governo é de aumentar o mínimo para R$ 350 a partir de maio e corrigir em 7% a tabela do IR. "Se o governo disser que não dá para mudar e que sua posição é esta que tem aparecido na imprensa, então hoje não haverá acordo", afirmou João Felício.

Os dirigentes de seis centrais sindicais estão reunidos com os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, para tentar um acordo sobre o aumento do mínimo.