Para sindicalista, negociação do mínimo chegou ao ''limite''

19/01/2006 - 12h31

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Neste momento, dirigentes de seis centrais sindicais estão reunidos com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para discutir o reajusete do salário mínimo. Eles ainda aguardam o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, para a reunião no gabinete de Marinho.

Ao chegar no ministério, os sindicalistas disseram que não aceitam mudanças nos planos de aumento do salário mínimo, estabelecido por eles em R$ 360 reais a partir de maio ou R$ 350 a partir de março. Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, caso o governo não concorde com um desses dois valores, os sindicalistas vão lutar pelo aumento no Congresso Nacional.

"Já fizemos todos os gestos possíveis. Saímos de uma posição de R$ 400 para o salário mínimo e de 13% da correção da tabela do imposto de renda para 10%", afirma Pereira. "Não dá para aceitar o que o governo quer. Estamos no limite. O governo tem outra alternativa: não precisa negociar conosco. Rompe a negociação e anuncia o que ele quer dar. E aí nós vamos tentar derrubar no Congresso."

A proposta do governo é de aumento do mínimo para R$ 350 reais a partir de maio, além da correção da tabela do imposto de renda em 7%. Neste caso, os sindicalistas que reivindicam 10% de atualização concordam em negociar até 8,6%.