Lula, Kirchner e Chávez debatem integração e construção de gasoduto internacional

19/01/2006 - 14h47

Carolina Pimentel e Mylena Fiori
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Néstor Kirchner, estão reunidos na Granja do Torto para discutir integração na América do Sul e projetos de infra-estrutura como a construção de um gasoduto com cerca de 10 mil quilômetros ligando os três países. Os primeiros estudos mostram que a iniciativa pode custar de US$ 17 bilhões a US$ 25 bilhões e a obra deve levar seis anos para ficar pronta.

Hoje (19), quando chegou na Base Aérea de Brasília, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, falou com a imprensa venezuelana sobre a importância do gasoduto para a região. Segundo ele, esse é um projeto vital e necessário para a América Latina.

Chávez também adiantou que ia propor a criação de pólos de desenvolvimento ao longo do trajeto do gasoduto e que envolvessem agricultura, indústria e construção de moradias. "Uma espécie de complementaridade econômica ao projeto do gasoduto", explicou. De acordo com Chávez, uma das regiões que podem ser beneficiadas pelos pólos de desenvolvimento é o trecho entre Orinoco, na Venezuela, até Manaus, capital do Amazonas, no Brasil.

O presidente venezuelano defendeu também que a Bolívia tenha acesso mais rápido ao gasoduto. Ontem (18), a declaração oficial assinada por Brasil e Argentina expressou a vontade de trabalhar de forma conjunta com o governo da Bolívia na promoção e concretização do gasoduto do nordeste argentino, para fornecimento de gás boliviano e argentino para aquela região.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deve conversar com a imprensa após o final do encontro dos chefes de Estado na Residência Oficial do Torto. Após a reunião, o presidente brasileiro oferece almoço em homenagem aos outros dois chefes de Estado, também na Granja do Torto.