Seqüestro de engenheiro brasileiro no Iraque completa um ano

18/01/2006 - 18h27

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O seqüestro do engenheiro brasileiro, João José Vasconcellos Júnior, completa um ano nesta quinta-feira (18). O engenheiro trabalhava no Iraque para a construtora Odebrechet e foi raptado no dia 19 de janeiro de 2005 quando o comboio no qual viajava foi atacado por terroristas na região do triangulo sunita perto da cidade de Baiji.

Em nota à imprensa, o Itamaraty informou que desde a confirmação do seqüestro o ministério e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalham com interlocutores do mais alto nível "sempre na busca de um desfecho favorável para o caso". Segundo a nota, todos aqueles dispostos a cooperar com o governo brasileiro foram ouvidos.

Uma das medidas adotadas pelo Ministério de Relações Exteriores foi criar um grupo para acompanhar todas as informações que pudessem surgir sobre o engenheiro. Esse grupo é integrado por funcionários do Itamaraty, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e da Agência Brasileira de Inteligência. As ações tomadas por esse grupo estão sendo desenvolvidas junto com a empresa Norberto Odebrecht e a família do engenheiro brasileiro.

Outras medidas foram o envio para a região do embaixador extraordinário para o Oriente Médio, Affonso Celso de Ouro-Preto, para contatos em vários países árabes. O MRE também afirmou ter feito apelos humanitários, no Brasil e no exterior, para a libertação de Vasconcelos com o apoio de personalidades políticas, esportivas e religiosas.

O Itamaraty informou que ainda está empenhado em conseguir informações que levem ao esclarecimento do caso e que a região onde o engenheiro foi seqüestrado é palco de intensos bombardeios aéreos e combates o que dificulta qualquer tipo de investigação.

A nota informa que "caso necessário, poderão ser organizadas novas missões à região". Além disso, segundo o Itamaraty, o Núcleo Iraque da Embaixada na Jordânia acompanha todos os acontecimentos e está em constante contato com governos estrangeiros.