Volume de recursos destinados à habitação é o maior dos últimos 11 anos, diz ministro

16/01/2006 - 19h23

São Paulo, 16/1/2006 (Agência Brasil - ABr) - Os recursos destinados à compra da casa própria e à melhoria das condições de moradia, neste ano, somam R$ 16,5 bilhões. Desse total, R$ 12 bilhões são provenientes do setor público. É o maior volume registrado nos últimos 11 anos no Sistema Financeiro da Habitação, segundo afirmou hoje (16) o ministro das Cidades, Márcio Fortes, na sede da Caixa Econômica Federal, em São Paulo.

Fortes informou que o governo manterá a política de combate ao déficit habitacional, calculado em cerca de 7,2 milhões de moradias, priorizando o atendimento das famílias de baixa renda, mas sem prejudicar o acesso da classe média.

Ao lado do presidente da Caixa, Jorge Mattoso, e de executivos de entidades ligadas ao setor privado da construção civil, o ministro apresentou um balanço dos empréstimos realizados, em 2005, ano em que a liberação dos recursos públicos atingiu R$ 10,8 bilhões, a maior quantia dos últimos 10 anos.

Segundo o ministro, foram R$ 9,2 bilhões de repasses: R$ 5,5 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); R$ 69,8 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador; R$ 18,11 milhões do Fundo do Desenvolvimento Social; R$ 1 bilhão do Fundo de Arrendamento Residencial; e R$ 1,9 bilhão em recursos próprios da Caixa. Em obras de infra-estrutura urbana, como a urbanização de favelas, crédito para a reforma e regularização fundiária, foram gastos R$ 1,6 bilhão.

Foram realizados contratos para a compra de 570 mil moradias. "O governo fez um esforço considerável para atacar a parte mais frágil do problema do déficit habitacional por meio do atendimento às famílias que ganham até 5 salários mínimos", disse Márcio Fortes. Quase a metade dos empréstimos (46%) concentrou-se na faixa de renda de até três salários mínimos, com o atendimento de 226.421 famílias. Em comparação com os anos anteriores, "conseguimos ampliar o acesso a essas famílias em cerca de 80% contra 54%, em 2002", afirmou o ministro.