Representante da ONU avalia que Minustah não mudará postura após morte de general

15/01/2006 - 8h56

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Centro de Informações da ONU no Brasil, Carlos dos Santos, acredita que a morte do general Bacellar não mudará a forma como a Minustah age no Haiti. "Não se vai para missões desse tipo com os olhos fechados. Há um termo de referência muito específico que os comandantes, o representante do secretário-geral e todos tentam implementar esses termos dentro do melhor critério e da forma que acharem que seja ideal para o povo haitiano e para o sucesso da missão."

De acordo com dos Santos, não há nada que impeça o Brasil de reassumir o comando das forças de paz após a morte do general Urano Bacellar. "Principalmente porque já foi feito contato com os outros países contribuintes das forças de paz e todos esses manifestaram que o Brasil continue na liderança dos capacetes azuis no Haiti".

O diretor do Centro de Informações da ONU no Brasil avalia que a missão de paz no Haiti irá continuar no país ainda por alguns meses após as eleições. "As eleições são um pequeno passo em direção à democracia, mas toda consolidação e toda assistência técnica à democracia e todo esse grande trabalho que há pela frente indica que não basta ficar só até as eleições. Depois, fechar as portas e ir embora. Há um processo longo, que não acaba com as eleições, mas é só um começo".