Vigilantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro devem portar armas a partir de fevereiro

14/01/2006 - 8h56

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio – Os cerca de 80 vigilantes federais que fazem a segurança da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das maiores instituições públicas de ensino no país, passarão a portar armas no início de fevereiro. Segundo o prefeito da instituição, Hélio de Mattos, desde o final do ano passado, os servidores estão passando por treinamento e avaliações psicológicas para que possam usar armamento.

No início desta semana, um homem armado com um revólver invadiu o campus da Praia Vermelha e fez reféns alunos e professores do curso de Administração. Ele roubou relógios, celulares e dinheiro sem chamar a atenção dos vigilantes.

Mattos disse que a UFRJ quer a abertura de concurso para cem novos agentes federais, de modo a ampliar o efetivo. Hoje, apenas 12 profissionais vigiam o principal campus, na Ilha do Fundão, em cada plantão, enquanto o campus da Praia Vermelha conta com quatro em cada turno.

"Estamos pedindo ao governo federal a abertura imediata de 100 vagas, para que possamos trabalhar, minimamente, no planejamento da segurança da UFRJ. É muito importante ter esse efetivo para fazer toda a coordenação da segurança", afirmou Mattos.

Além dos 80 agentes federais, a UFRJ conta com 530 seguranças terceirizados, que usam armas, mas que não fazem rondas nas unidades da instituição, ficando restritos à guarda das entradas dos prédios.

A UFRJ está implementando um plano de segurança desde agosto de 2004, com o objetivo principal de reduzir os roubos no campus da Ilha do Fundão. A instituição já instalou guaritas nas três entradas do campus e pretende por em funcionamento 20 câmeras até o mês de junho.

No campus da Praia Vermelha, serão confeccionados crachás para alunos e servidores. Além disso, está prevista uma licitação contratar 16 porteiros e seguranças privados, o que dobrará o efetivo da unidade.