Banco da Amazônia oferece serviço a comunidades onde não há agência

13/01/2006 - 5h59

Patrícia Landim
Da Agência Brasil

Brasília – O Banco da Amazônia começou a atuar com microcrédito, em 2003, com o Amazônia Microcrédito, parte do programa Banco Para Todos, criado pelo governo federal. O programa garantiu as primeiras contas bancárias em comunidades do Amazonas, segundo Affonso Vianna Neto, titular da Coordenadoria de Pequenos Negócios Rurais e Urbanos (Copen). Ele afirma que isso ocorreu por meio de contas simplificadas chamadas Conta Sinal Verde – e que já dão acesso ao microempréstimo.

"A gente faz uma visita ao interessado para verificar se existe realmente atividade produtiva", afirmou Vianna. O coordenador do programa diz que, mesmo que não haja uma atividade produtiva, "nós contemplamos com o financiamento, porque o nosso público apresenta algum potencial de microempreendedor".

De agosto de 2003 a outubro de 2005, segundo o coordenador da Copen, foram emprestados R$ 18,485 milhões em 85.450 operações. Só em 2005 foram aplicados R$ 8,422 no total de 14.890 operações. A taxa de juros do Banco da Amazônia é de no máximo 2% ao mês. Segundo Vianna, o banco atua em toda região amazônica.

O índice de inadimplência é de 6%, segundo Vianna. "Estamos tentando aprimorar os sistemas de acompanhamento e queremos também desenvolver critérios mais seguros com a perspectiva da redução dessa inadimplência até a níveis mais aceitáveis", diz. O Banco da Amazônia disponibiliza funcionários para acompanhar os microempreendedores, mas eles não são dedicados exclusivamente a isso.

O coordenador acredita que a inclusão do Banco da Amazônia no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado (PNMPO) vai abrir mais o negócio, pois esse programa repassa recursos às instituições especializadas em microfinanças. Ele ainda afirma que o banco assimilou bem essa cultura do microcrédito, que já atua com uma certa desenvoltura.