Postos da PM em São Paulo voltam a ser atacados

12/01/2006 - 21h31

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Dois anos após os ataques em série a postos da Polícia Militar, em São Paulo, três novos atentados voltaram a ser registrados entre a madrugada de ontem (11) e o início do dia de hoje (12). Isso resultou na morte de um soldado e ferimentos em outro, que continua internado em estado grave.

Em entrevista à Agência Brasil, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, disse que a ofensiva será combatida de forma "dura e implacável". Segundo ele, já existem suspeitos sendo investigados.

Na análise do comandante, os ataques não têm semelhança com o que ocorreu, em 2003, quando provocou três mortes. Nos ataques ocorridos, agora, de acordo com o coronel, "evidências apontam ser uma reação à prisão e apreensão de farta munição ao bando interceptado, no último dia 7 de janeiro, em Ourinhos e também à ação da Polícia durante tentativa de resgate de presos, no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no último dia 9".

A Polícia investiga se o caso tem ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. O fato levou a Polícia a implantar uma operação de alerta com reforço das unidades.

O primeiro ataque ocorreu por volta das 3h30 da madrugada de ontem, (11) contra a base da 1ª Companhia do 9º Batalhão, na avenida Braz Leme, zona norte da cidade de São Paulo. O segundo ataque foi hoje (12), às 00h15, no posto do 16º Batalhão, localizado na esquina da avenida Doutor Guilherme Dumont Villares com a rua Marechal Hastimphilo de Moura, no bairro do Morumbi, zona sul da cidade. O terceiro atentado foi contra uma viatura policial, no viaduto Curuçá, em Vila Maria Baixa, zona norte da cidade.