Parlamentares precisam evitar influências de ano eleitoral na CPI, afirma Gustavo Fruet

12/01/2006 - 11h05

Cristina Índio do Brasil
Repórter de Agência Brasil

Rio - O sub-relator para movimentação financeira da Comissão Parlamentar Mista dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB/ PR), disse que os integrantes da comissão não podem permitir que a CPI vire um jogo de compensação e de retaliação por conta do ano eleitoral.

"Esse cuidado temos que ter porque a CPI avança em um ano eleitoral se verifica que os ânimos começam a ficar mais acirrados", destacou. Em entrevista ao Programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional do Rio, o parlamentar lembrou que a disputa política é própria de uma CPI e do Congresso e o limite é muito tênue. Fruet defendeu que a discussão não pode resvalar para um enfrentamento "menor" que prejudique os trabalhos de investigação.

"Nesse momento vai exigir, principalmente, por parte do presidente (Delcídio Amaral-PT/MS) e do relator (Osmar Serraglio-PMDB/PR), que ocupam funções importantes e foram eleitos para tal, muito diálogo, muita firmeza e muita clareza nos trabalhos com todos dos parlamentares da CPI, para evitar que se transforme em numa discussão local, mais até que uma questão nacional", disse.

O sub-relator informou que o desafio agora é trabalhar para a construção de um relatório que tenha consistência, relevância e que seja votado pela Comissão. "O que de pior pode acontecer é que se acentue essa disputa a ponto de prejudicar a conclusão e até a votação de um relatório", afirmou.