Marinho descarta aumento e antecipação do mínimo e reajuste da tabela do IR simultâneos

12/01/2006 - 15h39

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse hoje (12) que não é possível, ao mesmo tempo, reajustar o salário mínimo para R$ 350,00, antecipar de maio para março e reajustar a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física em 10%.

"Eu diria que, desse jeito formulado, não é possível. O impacto no Orçamento seria de uma ordem de grandeza impossível de ser incorporada integralmente", afirmou Marinho, na Câmara dos Deputados onde foi se encontrar com o presidente da casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O ministro participou ontem (11) de reunião com representantes de centrais sindicais. No encontro, os sindicalistas propuseram passar dos R$ 300 atuais para R$ 360, mas, como a proposta não foi aceita, as centrais apresentaram outra opção: que o mínimo fique em R$ 350, porém, com pagamento a partir de março e não em maio.

Segundo Luiz Marinho, a antecipação custaria cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos. "Nós estamos fazendo todos os cálculos, refazendo tudo, olhando e vendo o impacto que isso dá no orçamento. Isso impacta mais de R$ 2 bilhões. Então, me parece não ser possível, mas quem vai tomar essa decisão é o presidente Lula", afirmou. Na próxima quinta-feira (19), o ministro se encontra com o presidente para discutir o reajuste do salário mínimo.

Marinho considerou boa a reunião realizada com as centrais e disse que está sendo fechado um acordo. "O resultado da reunião caminha para um ponto possível para chegarmos a um acordo", ressaltou.