Governo se esforça para reajustar mínimo em R$ 350, diz relator do orçamento

12/01/2006 - 12h33

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo se esforça para reajustar o salário mínimo em R$ 350. A afirmação foi feita pelo relator do orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC). Segundo ele, é "justo e louvável" o aumento, mas ainda é preciso avaliar a antecipação (de maio para março) junto à Previdência e à área econômica, uma vez que o impacto é grande.

Ontem (11), representantes de centrais sindicais se reuniram com os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, da Previdência Social, Nelson Machado, e o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, para discutir uma proposta de aumento. Os sindicalistas propuseram passar dos R$ 300 atuais para R$ 360, mas, como a proposta não foi aceita, as centrais apresentaram outra opção: que o mínimo fique em R$ 350, porém com o pagamento a partir de março e não em maio.

Na quinta-feira (19), nova reunião para discutir o mínimo está marcada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além do salário, deverá ser definido o reajuste da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). As centrais sindicais propuseram uma correção de 10%, mas segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, o governo admite chegar a até 7% de correção. Merss disse considerar difícil aprovar o aumento de salário e 10% de reajuste. "É demagogia o governo dizer que dá para atender tudo", disse Merss.