Federação avalia que redução do preço do álcool deve se refletir no preço para o consumidor

12/01/2006 - 18h15

Danielle Coimbra
Da Agência Brasil

Brasília – A redução do preço do álcool, a ser repassada aos consumidores, deverá ser a mesma da que foi acordada ontem (11) entre o governo e o setor açúcar e álcool. A afirmação é do presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Gil Siuffo. "Isso é uma coisa automática. Os postos e as distribuidoras são meros repassadores de preço", afirmou Siuffo.

Na reunião de ontem, usineiros se comprometeram com o governo de baixar em três centavos o litro do álcool, ficando em R$ 1,05. Atualmente, o litro do combustível na usina está fixado em R$ 1,08.

Gil Siuffo, no entanto, afirmou que a queda do preço do álcool não foi uma boa solução para conter o aumento do combustível. "A solução verdadeira para resolver o problema seria reduzir a demanda, porque está havendo uma procura maior do que a oferta, ou seja, o consumo subiu muito e conseqüentemente é a lei do mercado, o preço sobe." Para ele, a solução seria reduzir de 25% para 20% a mistura na gasolina do álcool.

Siuffo acrescentou ainda que no último ano o preço do álcool subiu por causa de três fatores: "Primeiro porque o governo aumentou a mistura de 20% para 25%, segundo porque no último ano a demanda cresceu em função do carro bicombustível e terceiro porque está havendo exportação de álcool".

A Fecombustíveis representa hoje todo o segmento da comercialização de petróleo no Brasil, com sindicatos que representam os postos de gasolina e o setor de distribuição. Na próxima semana, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, deverá realizar uma reunião com as distribuidoras para decidir qual será o valor cobrado nas bombas de combustível.