Diretor do Dnit afirma desconhecer problema legal com empreiteira

12/01/2006 - 10h41

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Mauro Barbosa, afirmou hoje (12) não ter conhecimento de qualquer problema legal envolvendo a contratação da empreiteira Delta Construções para a execução de parte das obras de recuperação das rodovias. Para Barbosa, cabe ao Congresso Nacional, ao Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) analisar se a empreiteira Delta foi favorecida nas obras da operação tapa-buracos do governo federal.

Reportagens publicadas na imprensa esta semana dão conta de que a Delta fechou contratos, sem licitação, em uma parcela muito superior à de qualquer outra empreiteira. A empresa também teria doado recursos para partidos da base aliada do governo nas eleições municipais de 2004, segundo essas reportagens.

"A Delta está habilitada e, até agora, não tenho nenhuma limitação legal para desabilitá-la. Assim que eu tiver, imediatamente tomarei a providência de baixá-la do cadastro do DNIT e rescindir os seus contratos", disse Barbosa. "Qualquer indício de irregularidade cometida por qualquer prestador de serviço do Dnit será punido imediatamente conforme determina a legislação."

O diretor-geral do Dnit informou ainda que a Delta é uma empresa com capacidade técnica e presta serviços na administração estadual e federal. "Ela está habilitada no cadastro do Dnit não só neste momento, mas há vários anos", esclareceu. "Não vejo as reportagens como uma denúncia. Vejo como uma análise comparativa entre os dados dos tribunais eleitorais com os dados de contratos da administração pública. Esses empreiteiros que foram doadores são contratados na administração pública por processos licitatórios."

Mauro Barbosa participou hoje (12) de entrevista coletiva transmitida ao vivo pelas emissoras de rádio da Radiobrás (Rádio Nacional AM de Brasília, Rádio Nacional AM do Rio de Janeiro e Rádio Nacional da Amazônia OC) . A entrevista contou com a participação de jornalistas de emissoras parceiras.