Delcídio vai conversar com sub-relatores para tentar encerrar CPI até 15 de março

12/01/2006 - 17h23

Marcos Chagas
Repórter Agência Brasil

Brasília - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), vai conversar com os sub-relatores para tentar encerrar os trabalhos da comissão até 15 de março. Os trabalhos da CPMI foram prorrogados, no ano passado, até a primeira quinzena de abril. Ontem, durante um jantar, o relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), teria comunicado a Delcídio que tem intenção de apresentar o relatório final por volta de 15 de março.

O senador ressaltou, entretanto, que o encurtamento dos trabalhos da CPMI dependerá de uma conversa que vai ter com os sub-relatores de Fundos de Pensão, Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), e de Normas e Lavagem de Dinheiro, Onyx Lorenzoni (PFL-RS). Delcídio explicou que o cronograma dessas sub-relatorias foi prejudicado porque ambas iniciaram os trabalhos depois das demais.

Na próxima segunda-feira (16), o presidente da CPMI se reunirá com os auditores e técnicos que investigam os dados relativos aos fundos de pensão para montar um cronograma de trabalho. Já está certo, no entanto, que no início de março serão fechados os relatórios das sub-relatorias de Contratos, de Movimentações Financeiras e a da Brasil Resseguros SA (IRB).

"Vamos discutir com os deputados e senadores da CPMI os textos definitivos das sub-relatorias", disse Delcídio. Também na próxima semana será definida a viagem de três parlamentares da comissão aos Estados Unidos para tentar conseguir os dados de contas de investigados abertas naquele país. Entre elas, estão contas bancárias do publicitário Duda Mendonça. "Vamos montar a agenda (de contatos) na semana vem e enviar a comissão de três parlamentares", afirmou.

Quanto à revelação de novas movimentações financeiras que teriam sido feitas por Duda Mendonça, o senador observou que é preciso "tomar cuidado com essas informações". Ele justificou o pedido de prudência argumentando que, antes de divulgar dados como esse, é necessário "separar o que é prestação de serviços efetivos e o que não seria proveniente disso".