América Latina precisa de consenso sobre tratamento e prevenção da Aids, diz Chequer

12/01/2006 - 13h33

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Representantes de 19 países latino-americanos começaram hoje (12) um debate com o objetivo de elaborar estratégias de acesso universal a medicamentos anti-retrovirais e a insumos de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis e a Aids. As discussões vão até sábado (14). Os resultados serão apresentados durante encontro na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em maio.

O diretor do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde, Pedro Chequer, espera que até o fim do encontro em Brasília os latino-americanos cheguem a consensos sobre o tratamento da Aids. Ele defende ainda que os países se comprometam a rejeitar iniciativas de prevenção sem fundamento científico, como a recusa ao uso do preservativo por motivo religioso, filosófico ou tradicional.

Pelo menos 300 mil pessoas estão em tratamento com medicamentos antiretrovirais na América Latina e no Caribe, segundo estimativas a Organização Mundial de Saúde (OMS). Deste total de pacientes, 170 mil estão no Brasil. O custo do tratamento aumentou no país desde 2003. "O custo médio era de US$ 1,35 mil por paciente/ano em 2003 e, em 2005, chegamos a US$ 2,5 mil", afirmou Chequer, que participou do primeiro dia de encontro com os representantes de países latino-americanos.