OEA manifesta apoio ao Brasil e à realização de eleições no Haiti em 7 de fevereiro

11/01/2006 - 18h44

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou hoje (11) por meio de um comunicado o apoio ao governo brasileiro e se solidarizou com Brasil após a morte, no último sábado (7), do general Urano Bacellar, chefe militar da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah).

"Lamentamos o falecimento recente do general Urano Bacellar e continuamos a apoiar o comando militar do Brasil na Missão. Recebemos com satisfação a apresentação pelo governo brasileiro de candidatos para a posição de Comandante Militar da Minustah", diz a declaração, que leva as assinaturas dos Estados Unidos, Argentina, Brasil, Canadá, Chile e França.

No documento, a OEA diz que apóia "totalmente" a decisão do Governo de Transição do Haiti e do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) de promover o primeiro turno das eleições presidenciais e legislativas no dia 7 de fevereiro próximo com o segundo turno no dia 19 de março. "Estamos confiantes de que estas datas são realistas e tecnicamente possíveis, e acreditamos que devem ser mantidas", diz o texto.

O organismo internacional ressalta que todas as medidas devem ser tomadas para assegurar que "as enormes dificuldades operacionais sejam superadas imediatamente". "A comunidade internacional está comprometida em assegurar à população haitiana o direito de escolher um novo governo", acrescenta o comunicado.

O documento pede ainda que a ajuda internacional não seja interrompida após a realização das eleições. "Neste sentido, fazemos um chamado aos políticos, empresários e líderes da sociedade civil para que se mantenham unidos para criar as condições para a estabilidade pós-eleitoral, que permitirá ao governo eleito assumir suas responsabilidades e à oposição política democrática cumprir o seu papel".