Onda de calor faz consumo de energia bater recorde no Rio Grande do Sul

10/01/2006 - 19h04

Porto Alegre, 10/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Com temperatura de 41,10 graus em Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Vale dos Sinos, e 38,5 em Porto Alegre, às 14h30 de hoje (10), o consumo de energia elétrica bateu recorde no Rio Grande do Sul .

A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo apurou que, desde a abertura da estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em 1984, nunca Campo Bom havia registrado uma seqüência de três dias com temperaturas acima de 39 graus no mês de janeiro. Depois dos 39 graus de sábado (7) e dos 41,2 de domingo (8), a cidade do Vale dos Sinos registrou hoje a máxima de 41,1 graus, com sensação térmica de 43 graus à sombra.

Em 22 anos de observação meteorológica na cidade, apenas uma vez antes Campo Bom havia registrado três dias consecutivos com máximas acima de 39 graus. Foi entre 14 e 16 de novembro de 1985.

A Companhia Estadual de Energia Elétrica registrou 4.458 megawatts de demanda instantânea de energia elétrica no estado. O índice superou o anterior, de 7 de abril do ano passado, quando o Centro de Operação do Sistema da companhia registrou consumo de 4.367 MW, às 19h03, com 32,6 graus de temperatura.

O secretário de Energia, Valdir Andres, garante que não há qualquer risco de desabastecimento no estado. "Podemos suportar até 4.900 MW de demanda", informa. "Mantendo-se as atuais temperaturas, a demanda de energia seguirá acima dos 4.000 MW durante o dia", diz Andres.

A capacidade de atendimento do Rio Grande do Sul, que era de 4.615 MW até o final de 2004, alcançou, em abril de 2005, o patamar de 4.900 MW, em regime normal de atendimento, com a implementação de obras de compensação capacitiva de 162,3 Mvar (56 Mvar, da AES Sul; 13 Mvar da RGE; e 93,3 Mvar da CEEE. Técnicos da Secretaria de Energia calculam consumo máximo de energia em torno de 4.560 MW neste verão.

Segundo Andres, os reservatórios de água do estado estão cheios, com cerca de 90% da sua capacidade. "No ano passado, nesta mesma época, as bacias hidrográficas gaúchas estavam com nível abaixo de 50%".

Com informações da Secretaria Estadual de Energia